Estação de Tratamento de Esgoto de São Francisco do Sul é inaugurada

O prefeito Renato Gama Lobo e o vice-prefeito Walmor Berretta Júnior participaram, na manhã desta terça-feira (16), da inauguração online da primeira Estação de Tratamento de Esgoto de São Francisco do Sul. O novo espaço traz para o município um sistema de tratamento de alta tecnologia, além de integrar o sistema de saneamento básico da região dos Balneários. A ETE Ubatuba vai tratar cerca de 5 milhões de litros de esgoto por dia na baixa temporada e mais de 10 milhões no verão, quando em plena operação. A obra faz parte do cronograma de investimentos da Águas de São Francisco, concessionária responsável pela universalização do saneamento no município.

De acordo com o prefeito Renato Gama Lobo, este é um marco histórico para a cidade. “Sabemos que mais da metade da população brasileira não dispõe desse serviço tão essencial. O tratamento de esgoto leva à melhoria da qualidade de vida das pessoas, melhora questões importantes relacionadas ao meio ambiente, além de trazer a expansão de turismo e a valorização dos imóveis, contribuindo diretamente com a economia”, ressalta. 

Renato também aproveitou o evento para agradecer a comunidade do Majorca, localidade em que está situada a Estação. “A população foi participativa, o tema foi amplamente abordado e discutido, como deve acontecer com grandes empreendimentos. Essa é uma obra fundamental para as nossas futuras gerações. Já estamos vivendo um novo momento em São Francisco do Sul, mas seguimos sempre na batalha do crescimento consciente e na melhora constante da qualidade de vida”. 

Em Santa Catarina, 76,3% da população não tem acesso à coleta e tratamento de esgoto, segundo dados do Painel do Saneamento Básico no Brasil, do Instituto Trata Brasil. A estrutura é fundamental para remover os poluentes da água previamente usada pela comunidade, de forma a devolvê-la aos mananciais hídricos de acordo com os parâmetros exigidos pelos órgãos ambientais. 

De acordo com a professora doutora, Bianca Goulart de Oliveira Maia, coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Univille, diversas doenças são evitadas quando se investe em saneamento básico, como cólera, hepatite A, diarreia e verminoses. 

Conforme Bianca, coletar e tratar esgotos evita que a população fique exposta a todas essas doenças, além de valorizar o dinheiro público, pois a cada R$ 1 investido em saneamento básico, se economiza R$ 4 no sistema de saúde, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Portanto, tratar esgoto é, antes de qualquer coisa, cuidar da saúde das pessoas e do meio ambiente”, enfatiza a professora universitária.