Diagnóstico busca melhoria do fluxo de trabalho entre unidades de saúde e hospital
Diagnóstico busca melhoria do fluxo de trabalho entre unidades de saúde e hospital

A Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Graça iniciaram, nesta quarta-feira (4), um trabalho conjunto de diagnóstico das demandas das Unidades Básicas de Saúde do município, para ver o que pode ser melhorado no fluxo de trabalho entre o atendimento primário em São Francisco do Sul (postos de saúde) e o terciário (hospital). O atendimento secundário (especialidades como ginecologia, ortopedia, cardiologia e urologia, entre outras) é realizado no Premir (Ambulatório Municipal).
Durante a manhã, a secretária de Saúde, Nádia Raposo, e a diretora do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano), organização social que administra o hospital e a UPA 24 Horas, Clemência Souza, visitaram as unidades de saúde da Enseada, do Majorca e do Sandra Regina, conversando com os profissionais que atuam junto à população para ouvir deles o que pode ser melhorado para uma atuação em rede (postos de saúde, UPA e hospital) que melhore a qualidade do atendimento à população.
No mês de outubro, terá início um projeto do Grupo de Gestantes no Hospital, que prevê palestras com obstetras, assistentes sociais, equipe de enfermagem e, também, visitas dos futuros pais e mães de novos francisquenses ao hospital, como preparação para o nascimento e, também, com o objetivo de melhoria do acompanhamento da saúde neonatal.
Há seis anos atendendo na UBS da Enseada, a médica Nilce Graciano disse que nunca teve dificuldade na relação com os médicos do hospital e da UPA. Acho que o que pode ser melhorado é na questão da informação de alta de um paciente que foi internado, para que quando ele retornar ao posto termos esses dados, disse. Segundo a secretária Nádia Raposo, com o novo sistema de banco de dados que será implantado, essas informações serão disponibilizadas em tempo real.
Também desde 2012 atendendo no Majorca, o médico Luiz Henrique Correa Palma também solicitou a integração dos dados dos pacientes em um único sistema, incluindo unidades de saúde, UPA e hospital, e pediu que os bombeiros não levassem mais gestantes para atendimento na UPA do Sandra Regina e sim para o hospital o que, segundo ele, já vem sendo feito. A enfermeira Tamara Zimmermann de Souza, na UBS do Sandra Regina, disse que, para atender toda a demanda do bairro, a unidade deveria contar com duas equipes e que a localidade aguarda a contratação dos novos agentes de saúde, cujo edital de concurso público deve ser publicado na próxima semana.
De acordo com a secretária de Saúde, os distintos grupos de atenção aos pacientes precisam trabalhar de forma integrada, para oferecer mais qualidade no serviço oferecido à população. É um trabalho em conjunto. A unidade de saúde não pode estar isolada, é preciso conversar, trocar informações, com a UPA e o Hospital, tanto na emergência quanto nos casos de baixo risco. No caso das gestantes, esse trabalho precisa estar todo interligado, porque ela sai da atenção básica, onde faz todo o acompanhamento neonatal, para ir ao hospital ter a criança, disse Nádia.
Para Clemência Souza, diretora do hospital, é importante conhecer o que existe na ponta, entender quais são os processos utilizados nos postos de saúde, quem são os profissionais, quais as necessidades de cada localidade. Quando a gente conhece e existe esse trabalho em rede, facilita a comunicação e melhora a interação de todos os processos de saúde. Não há dúvida. Melhora a confiança do paciente em relação ao trabalho que é feito no hospital também, afirmou. Segundo Clemência, nas próximas semanas, sempre às quartas-feiras, serão visitadas outras unidades de saúde, para a elaboração desse diagnóstico das demandas de cada uma.